Análise da Informação Económica e Empresarial (1 º Sem 2020/2021)

ECO , EGERAIS , FIN , GES

Apresentação Link

    Apresentação

    A disciplina

    Objetivos

    Princípios

    Funcionamento

     

    Leitura adicional:   Texto de apresentação da disciplina

    Disciplina

    A disciplina de A nálise da Informação Económica e Empresarial

    A disciplina de Análise da Informação Económica e Empresarial constitui uma unidade lectiva de teor instrumental, que complementa a formação teórica proporcionada por outras disciplinas. 

    No quadro da mudança de paradigma do ensino superior que o processo de Bolonha tem vindo a promover, que reforça o lugar central ocupado pela aprendizagem do aluno, em que a formação e aplicação de conhecimentos que são a verdadeira razão de ser de quem aprende e em que devem ser valorizados os resultados concretos de tal aprendizagem, uma disciplina centrada na aprendizagem de métodos e técnicas de tratamento de informação e na sua aplicação à resolução assume particular relevância.

    De facto, as competências que esta disciplina introduz no processo de aprendizagem são centrais para a actividade do economista e gestor, incorporando capacidades, habilitações e conhecimentos indispensáveis à sua actividade no mercado de trabalho e à obtenção de um determinado perfil profissional.

    Localizada no início do curso, tem em vista, logo desde o início da formação, desenvolver estas capacidades necessárias para a realização de trabalho empírico e aplicado, valorizando, fundamentalmente, as questões de método.

    Esta disciplina deve assim ser encarada como uma primeira unidade lectiva de formação em questões de método de trabalho empírico e aplicado, com continuação na formação posterior ao longo do curso.

    Cabe assim à Análise da Informação Económica e Empresarial, enquanto disciplina centrada nos "métodos" (como fazer), uma responsabilidade particular na inserção dos estudantes nos requisitos de uma formação universitária exigente. Daí decorrem preocupações fundamentais com o rigor intelectual e com o desenvolvimento de atitudes e comportamentos adequados. Mas não é menos importante a atenção que deve ser concedida à motivação, ao desenvolvimento da curiosidade intelectual e à sensibilização para os aspectos da realidade económica e empresarial.

    Concretizar tais pressupostos no funcionamento de uma disciplina exige prestar uma atenção particular às condições de funcionamento e às práticas pedagógicas adoptadas, que devem contribuir para a mobilização dos estudantes para aquelas exigências, frequentemente suprindo lacunas da formação anterior.

    o seu carácter instrumental...

    Esta disciplina visa introduzir um conjunto competências que, sendo fundamentais para a actividade do licenciado em ciências económicas e empresariais, são competências instrumentais e complementares ao conhecimento teórico leccionado noutras disciplinas, na medida em que favorecem a aplicação dos mesmos à análise da realidade.

    … a sua dimensão empírica

    A vertente empírica está presente na preocupação de nunca deixar de dialogar com os problemas da realidade económica e empresarial (a dimensão empírica), relacionando-os com os conhecimentos teóricos que vão sendo adquiridos, contribuindo assim para a motivação dos alunos em relação ao seu curso desde o início da formação académica.

    … e a importância da medida

    Sendo certo que não há ciência sem experimentação (no sentido estrito das ciências exactas ou no sentido amplo das ciências sociais), a validação dos resultados teóricos, o confronto da 'teoria' com a 'prática', requer o estabelecimento prévio das categorias que permitem a medida dos fenómenos estudados.
    É pois do máximo interesse desenvolver a sensibilidade crítica para os requisitos de uma análise rigorosa da informação de natureza quantitativa, designadamente para a forma como a informação é produzida (um número é, também ele, parafraseando um autor célebre, um número e a sua circunstância, isto é vale pela forma como se chegou a ele e na maior parte dos casos faz sentido em função da unidade em que está expresso). Valorizar esta dimensão significa contribuir para a formação do espírito científico enquanto exigência de rigor e sensibilidade crítica.

     

    Principios

    Princípios

    O bom funcionamento da disciplina e a realização dos seus objectivos requer que os princípios que enformaram a sua concepção sejam compreendidos e aceites por todos os intervenientes no processo pedagógico (alunos e docentes) e adequadamente postos em prática ao longo do ano.

    privilegiar o trabalho empírico

    Privilegiar o trabalho empírico nas ciências económicas e empresariais não significa descurar o rigor intelectual necessário no trabalho do economista e gestor. Antes supõe, por um lado, valorizar a necessidade de adoptar métodos de trabalho rigorosos de acordo com critérios previamente definidos e, por outro, desenvolver o gosto por uma compreensão mais rica dos fenómenos observados.

    Privilegiar o trabalho empírico significa também trabalhar com os alunos de uma forma muito mais interactiva do que a que tem caracterizado as disciplinas de dominante teórica. Não se trata de descurar a importância dos saberes puramente cognitivos. É antes o reconhecimento de que a formação de atitudes e competências necessárias aos desafios colocados por um mundo em mudança permanente exigem hoje uma atenção muito mais explícita a esta dimensão da formação.

    autonomia do trabalho

    Esta disciplina deve potenciar a autonomia do trabalho dos estudantes logo desde o início da sua formação. Corresponde ao modo como se espera que seja o exercício da profissão, onde o profissional deverá ter capacidade de desenvolver, por si próprio, um trabalho que conduza à compreensão do problema e (se for caso disso) à proposta mais adequada para a sua resolução. Este princípio corresponderá a uma orientação pedagógica fundamental a seguir pela equipa docente: julgaremos o nosso trabalho por aquilo que os alunos aprenderam e não por aquilo que possamos pensar que lhes ensinamos.

    privilegiar o treino

    Trata-se de valorizar uma forma específica do trabalho intelectual, em que está em causa a aquisição de um conjunto de "saberes fazer" que requerem treino e interacção com o docente, na análise dos resultados que vão sendo produzidos no processo de aprendizagem. É nesse processo que se apuram as boas práticas. Não sendo um saber puramente cognitivo, a apropriação dos melhores procedimentos e práticas só se faz pelo exercício repetido e pela reflexão, acompanhada pelo docente, sobre os resultados obtidos. É neste sentido que o treino é uma dimensão fundamental na perspectiva pedagógica que se procura pôr em prática.

    Por isso, a disciplina de Análise de Informação Económica e Empresarial, sem prejuízo do reconhecimento de que o processo de aquisição de conhecimentos teóricos é uma componente fundamental da formação, procurará privilegiar o desenvolvimento de um conjunto articulado de capacidades e competências. Neste sentido estrito, pode dizer-se que nesta disciplina, mais do que o ensino, entendido como mera "transmissão de conhecimentos", se privilegiará o treino (exercitação prática de técnicas e procedimentos). Insistiremos nesta orientação logo desde o inicio do funcionamento da disciplina.

    rigor de raciocínio

    Deverão ser exercitadas formas rigorosas de raciocínio desde os primeiros passos dados na vida académica, em particular assumindo, com todas as suas consequências, as lacunas de formação do ensino secundário no domínio fundamental da língua, não só como instrumento de comunicação (escrita e oral) mas inclusivamente como instrumento de organização do pensamento. A disciplina fará uso de métodos de trabalho em que esta preocupação estará presente, designadamente na forma de redigir pequenos relatórios de pesquisa e na comunicação oral de ideias.

    exercitar métodos de estudo

    A formação universitária requer métodos de trabalho e de estudo individual que, por vezes, contrastam fortemente com as exigências com que os estudantes se confrontaram anteriormente. O trabalho de grupo, que se pretende potenciar, coloca-lhes igualmente novos desafios. De facto admitimos que, na fase em que se encontram da sua formação, ainda não terão tido oportunidades suficientes para desenvolver estas competências, sendo um domínio a que os docentes deverão estar particularmente atentos e ser bons orientadores. Esta forma de trabalho a desenvolver nas disciplinas antecipará, em larga medida, formas de trabalho em que irão desenvolver parte da sua actividade enquanto profissionais.

    sensibilidade crítica no uso da informação

    Pretende-se, com esta disciplina, desenvolver nos alunos a sensibilidade crítica para as condições de produção e utilização dos dados de natureza económica e empresarial que são a matéria prima, não só do economista e gestor como profissional, mas também do desenvolvimento da economia e da gestão como ciências.

    domínio de técnicas de estatística descritiva

    Deve, ainda, assegurar-se a assimilação dos procedimentos estatísticos básicos associados ao processamento da informação de natureza quantitativa, no contexto dos problemas de medição em economia e nas empresas, concedendo uma atenção particular à utilização contextualizada dos principais conceitos de estatística descritiva.

    Sendo estes os princípios fundamentais que nortearam a concepção da disciplina e que, estando presentes na forma como esta irá funcionar, permitem entender os seus objectivos pedagógicos, tendo correspondência na forma como o programa está concebido, como se encontram definidos os métodos pedagógicos e a forma de funcionamento das actividades lectivas e no modo como se estabeleceram os princípios de avaliação de conhecimentos.


    Objetivos

    Objectivos da disciplina

    Esta disciplina apresenta como objectivos fundamentais:
    • Iniciar os alunos nos métodos de análise económica aplicada;
    • Introduzir conceitos de estatística descritiva e técnicas de análise de dados
    • Iniciar os alunos nas técnicas de pesquisa e processamento da informação
    • Introduzir a utilização de folhas de cálculo
    Pretende-se contribuir para  o desenvolvimento de competências e para a formação de atitudes necessárias à prática do trabalho empírico, através da aprendizagem de métodos e técnicas de pesquisa, selecção e tratamento da informação relevante na área económica e empresarial, com a preocupação de permitir aos estudantes a aquisição de uma sensibilidade crescente para os principais problemas da economia e da empresa. Para compreender a realidade económica e empresarial é necessário descrever e medir fenómenos, o que requer o uso de informação quantitativa sobre a actividade económica. Para realizar esse trabalho é necessário que estejam reunidas várias condições: i) é necessário dispor de um quadro conceptual e teórico que permita a delimitação dos problemas a analisar e a formulação das questões fundamentais para a sua análise; ii) devem existir sistemas de informação sobre a realidade economica que, correspondendo a esse quadro conceptual e teórico, permita conhecer essa realidade; iii) é necessário utilizar técnicas de análise dessa informação para que, a partir dessa análise, se produza conhecimento sobre essa realidade.

    Realizar estudos aplicados em economia e gestão consiste na realização de trabalho, tendo em vista o conhecimento da realidade económica e empresarial, em que estes três elementos fundamentais estão presentes. Esta disciplina pretende constituir uma introdução aos métodos e técnicas utilizados neste tipo de trabalhos, característicos da actividade profissional do licenciado em ciências económicas e empresariais e, simultaneamente, ajudar a constituir uma base sólida para a formação teórica obtida ao longo do curso.

    De forma mais específica, pretendem alcançar-se os seguintes objectivos
    • que os alunos conheçam as características fundamentais das variáveis económicas e empresariais;
    • que os alunos aprendam algumas características fundamentais da informação económica e empresarial de natureza quantitativa;
    • que os alunos aprendam alguns métodos de análise de informação quantitativa, essencialmente técnicas de análise exploratória de dados estatísticos, sabendo como apresentar sínteses de análise de informação (quadros, representações gráficas, etc.) adequadamente integradas em outros tipos de informação;
    • que os alunos conheçam as fontes de informação mais relevantes para a realização de trabalhos empíricos;
    • que os alunos aprendam a conheçam as fontes de informação mais relevantes para a realização de trabalhos empíricos.

    Funcionamento

    Funcionamento da disciplina

    A leccionação desta disciplina será realizada em aulas teórico-práticas. Essas aulas combinam momentos de natureza expositiva, que visam efectuar um enquadramento geral da matéria, e  momentos de natureza prática,  que se destinam à resolução de exercícios e esclarecimento de dúvidas dos alunos.

    Os momentos de natureza expositiva incidirão na parte da matéria que foi previamente anunciada na planificação das aulas (ver página web da disciplina). Haverá textos teóricos que tratam os assuntos abordados pelo docente, e que os alunos devem ler antecipadamente. O docente centrar-se-á nos tópicos fundamentais a tratar em cada aula e dedicará particular atenção à exposição dos pontos da matéria que sejam particularmente difíceis e/ou cruciais. Isto significa que nem toda a matéria teórica será, obrigatoriamente, tratada em termos expositivos nas aulas.
     
    Nos momentos de natureza mais prática serão disponibilizados exercícios que serão objecto do trabalho na própria aula (ver página web da disciplina). O conjunto destes exercícios abrange a totalidade do programa. Em cada um deles é explicitado a sua relação com a parte da matéria teórica dada. Espera-se dos alunos que, antes da aula em que serão resolvidos, revejam a matéria teórica que nela vai ser tratada e leiam o enunciado do exercício que foi planeado para essa aula, preparando a sua resolução. Só desta forma poderão tirar todo o proveito da presença do docente no esclarecimento das dúvidas que se levantaram na sua leitura e tentativa de realização dos exercícios propostos.

    o trabalho na disciplina e a participação nas aulas

    Considera-se indispensável, para que a matéria possa ser devidamente estudada e assimilada, que os alunos frequentem as aulas e nelas participem. Além disso, como à frente se explicita (ver Regimes de Avaliação) o regular acompanhamento da matéria será articulado com a momentos de avaliação intercalares ao longo do semestre. 

    método de estudo

    Os elementos de estudo fornecidos ao longo do semestre, conjuntamente com os apontamentos das aulas e leituras que os estudantes efectuem da bibliografia indicada e pesquisada, constituem as "ferramentas" básicas de trabalho do aluno. No entanto, é aconselhável que seja encarado o processo de aprendizagem, não como um sistema de pura "acumulação" de soluções de problemas já resolvidos mas, pelo contrário, como um processo que conduza o estudante à elaboração de um método de aquisição de conhecimentos, que lhe permita vir a ter, um dia, as suas próprias opiniões, devidamente fundamentadas, sobre as matérias estudadas.

    Isto exige, e nunca é demais insistir, que os estudantes organizem o seu próprio método de trabalho em consonância com este espírito. A actividade a desenvolver nas turmas terá uma componente importante de discussão e debate, a nível de toda a turma, onde se espera uma participação activa do aluno. É assim indispensável que cada estudante leve consigo, para as aulas, os materiais de estudo correspondentes às matérias que estão a ser ensinadas, as suas notas individuais de leitura e as dúvidas que esse estudo suscitou.

    o papel do docente

    Deve considerar-se que, no ensino universitário, o docente é essencialmente um orientador do estudo, contando os alunos com os materiais de estudo de que dispõem como elementos básicos do seu trabalho, que devem realizar de forma metódica. Deve pois ter-se em mente que nem o docente exporá toda a matéria que o estudante deve aprender, nem os exercícios realizados nas aulas cobrirão todos os "tipos" de exercícios possíveis sobre a matéria do programa. Pelo contrário, o estudante deve estar preparado para poder resolver problemas novos que lhe forem colocados. É esta a forma de progredir, de forma sólida, no conhecimento das matérias que estão a ser aprendidas. E corresponde também à forma como os conhecimentos vão ser avaliados nas provas escritas.

    um conselho a ter em atenção


    Pressupõe-se sempre, como condição necessária para o bom funcionamento desta disciplina, que os alunos acompanhem com regularidade a matéria que vai sendo dada, estudando os materiais de estudo e realizando regularmente os exercícios apresentados. Serão realizados no decorrer das aulas diversos exercícios que serão classificados e ponderados na classificação final da disciplina. Estudar nas vésperas da prova escrita é um mau método de estudo, e conduz quase sempre a maus resultados.