Foi publicado na revista científica Economica, Vol. 77 (305), January 2010, pp. 46-59 (actualmente classificada em "B" de acordo com a classificação FIISEG e com um factor de impacto de 0.708 de acordo com o Journal of Citations Report) o artigo com o título "Unemployment Benefits and Reservation Wages: Key  Elasticities from a Stripped-Down Job Search Approach", da autoria do Professor Mário Centeno, investigador da UECE e Professor Auxiliar Convidado ISEG. O artigo foi elaborado em co-autoria com John T. Addison (da Queen's University Belfast e da University of South Carolina) e com Pedro Portugal (do Banco de Portugal e da Universidade Nova de Lisboa).

O estudo trata o salário de reserva quando em presença de outras variáveis que o afectam. Ao procurar um novo emprego os indivíduos desempregados determinam o salário de reserva, que corresponde ao menor salário que estão dispostos a aceitar nesse emprego. Um salário de reserva mais elevado diminui a probabilidade de transitar para o emprego. O salário de reserva depende das condições do subsidio de desemprego e número de ofertas recebidas. Um subsidio de desemprego mais generoso e uma taxa de chegadas de emprego mais elevada aumentam o salário de reserva. Neste artigo estimam-se, para um conjunto alargado de países da União Europeia, as elasticidades do salário de reserva e da probabilidade de re-emprego a uma medida da generosidade do subsidio de desemprego e à taxa de chegadas de oferta de emprego aos desempregados. Os desempregados em Portugal respondem de forma muito forte aos desincentivos do sistema de subsídios de desemprego, quer aumentando o seu salário de reserva quer diminuindo a probabilidade de re-emprego.