O Mercado de Capitais no final do Antigo Regime em Portugal
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Coordenador: Pedro Neves
Equipa : Leonor Freire Costa, Tomás de Albuquerque
Financiamento: Fundação para a Ciência e Tecnologia, Projectos: UID/SOC/04521/2013, UID/SOC/04521/2019, UIDB/04521/2020
Calendário: 2017-2021
Resumo:
As sociedades anónimas de capitais foram uma solução empresarial das potências europeias desde o século XVII. Uma ampla historiografia debruça-se sobre o potencial desta forma empresarial para a promoção dos mercados de capitais e desenvolvimento financeiro nos Países Baixos ou na Grã-Bretanha. Este projecto de investigação reconhece que experiências semelhantes no sul da Europa com sociedades anónimas não chamaram a atenção dos estudiosos. Há pouca informação sobre como funcionavam os mercados de capitais em economias com níveis aparentemente mais baixos de poupança e liquidez. Será possível encontrar provas de bolhas nestes mercados? Existiram diferenças notórias entre investidores quanto às decisões de gestão das suas carteiras?
Este projecto preenche esta lacuna ao considerar os casos de duas empresas coloniais fundadas no século XVIII para o comércio com as regiões do nordeste e norte do Brasil (Companhia do Grão Pará e Maranhão; Companhia de Pernambuco e Paraíba), para as quais a transferibilidade das acções está totalmente registada nos livros de contabilidade.
Estuda o mercado de valores destas empresas. Questiona as estruturas de propriedade, a liquidez das acções e apresenta a hipótese de que a perspectiva temporal finita do contrato das empresas com o Estado português e/ou as alterações no regime de comunicações náuticas com o Brasil tiveram impacto no funcionamento do mercado.
Resultados: