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MODELING MORTALITY RATES UNDER IFRS 17 AND SOLVENCY II

Aluno: PatrÍcia Figueira Gomes Freire


Resumo
A definição adequada de pressupostos biométricos, como a mortalidade, é fundamental para companhias de seguro do ramo vida tanto no âmbito do IFRS 17 como no de Solvência II, visto que estes quadros regulamentares exigem uma avaliação prudente e fiável das responsabilidades técnicas. Este estudo visa reavaliar a abordagem de modelação da mortalidade utilizada por uma seguradora do ramo vida, comparando a prática atual, onde é aplicado um ajuste percentual uniforme a uma tábua padrão de mortalidade para todas as idades, com técnicas mais sofisticadas baseadas na graduação da mortalidade. Foram exploradas duas abordagens: a graduação com referência a uma tábua padrão e graduação através de fórmula paramétrica. A análise incidiu exclusivamente sobre contratos de seguro de vida para produtos que cobrem o risco de mortalidade, excluindo aqueles com cobertura do risco de longevidade, como as rendas. Neste âmbito, os modelos que apresentaram melhor desempenho, com base em estatísticas relevantes e aplicados sem distinção por sexo, foram o ajuste exponencial à tabela GKM80 e o modelo paramétrico GM(2,3). As taxas de mortalidade obtidas foram aplicadas como pressupostos atuariais e avaliadas nos regimes contabilístico e prudencial. Em ambos os casos, as taxas revistas proporcionaram um melhor ajuste à mortalidade observada, aumentado a precisão das projeções financeiras. Este resultado reforça a importância de rever e atualizar regularmente os pressupostos atuariais, garantindo a fiabilidade dos modelos e o cumprimento dos requisitos regulamentares. Importa salientar que esta aplicação resultou igualmente numa redução das responsabilidades nos regimes em questão. Adicionalmente, o recálculo dos requisitos de capital no submódulo de risco de subscrição vida evidenciou uma melhoria da posição de solvência, traduzida num aumento do rácio de solvência. Apesar de o modelo paramétrico ter superado marginalmente a alternativa em termos de redução dos desvios relativos entre os fluxos de caixa projetados e observados, a graduação com referência à tábua foi, em última análise, recomendada para implementação, devido ao seu equilíbrio entre precisão, simplicidade operacional e alinhamento com as práticas vigentes da empresa. A adoção desta abordagem permitirá assegurar que os pressupostos de mortalidade se mantenham práticos e fiáveis, promovendo avaliações atuariais fidedignas e garantindo o cumprimento dos requisitos regulatórios.


Trabalho final de Mestrado