Aluno: Paula Renata Da Silva
Resumo
O presente estudo analisa a gestão de patentes em quatro PME portuguesas com investimentos em I&D e patentes ativas, destacando a inovação como fator determinante para a competitividade. A investigação adota um estudo de caso múltiplo, articulando análise qualitativa com entrevistas estruturadas como estratégias de coleta e interpretação dos dados. A revisão de literatura aborda a relevância das PME em Portugal, a definição legal e os critérios de patenteabilidade, as motivações que conduzem as PME a patentear, bem como os benefícios, utilizações e vias possíveis de proteção.
Os quatro casos analisados revelam diferentes estratégias: a primeira empresa privilegia a patente europeia pela sua abrangência, motivada pela proteção da invenção e acesso a financiamento, enfrentando, contudo, desafios associados a custos e necessidade de internacionalização; a segunda e a terceira empresas, após o registo inicial de patentes, optaram por acelerar a inovação em detrimento do patenteamento, em resposta à rápida evolução do mercado e aos custos elevados; a quarta empresa utiliza as patentes para proteger soluções desenvolvidas em parceria com clientes, garantindo exclusividade, sem as encarar como fonte isolada de vantagem competitiva.
Os resultados indicam que a decisão de patentear visa proteger inovações, inibir a concorrência e reforçar a marca, embora obstáculos como custos e burocracia dificultem o processo. Conclui-se que, apesar dos potenciais benefícios em termos de valorização e vendas, a viabilidade da patente depende do setor e da estratégia adotada, devendo a sua gestão ser ajustada às especificidades de cada empresa.
Trabalho final de Mestrado