Aluno: Rubem Coelho Dos Santos Neto
Resumo
Este trabalho de mestrado estuda a inflação nas economias emergentes e em desenvolvimento e
nas economias avançadas. Desde os anos 1970, um longo processo de desinflação de quase 50
anos reduziu a taxa de inflação global.
Entre 2021 e 2023, o choque de inflação após a pandemia e a guerra na Ucrânia trouxe
incertezas. As economias registaram taxas de inflação historicamente altas em todo mundo. Os
bancos centrais foram surpreendidos e reagiram com o aumento dos juros e a retirada de outros
estímulos fiscais. A ideia de que a inflação iria convergir para a meta no longo prazo não se
confirmou.
As economias avançadas foram as primeiras a implementarem o regime de metas de
inflação no início dos anos 1990, e serviram como exemplo para as economias emergentes e em
desenvolvimento. O governo brasileiro também decidiu adotar o sistema de metas de inflação. A
experiência do Brasil, comprova que nem sempre a inflação e a expectativa de inflação estiveram
dentro da meta.
No caso do Brasil, durante o processo inflacionário recente a partir de 2021, o banco central
foi cauteloso e antecipou o ciclo de aperto monetário. Após a queda da inflação, os juros no Brasil
desceram antes das economias avançadas.
Na ótica do banco central do Brasil em relação ao cenário externo, choques consecutivos
refletiram em incertezas para o crescimento global e riscos de inflação alta no mundo. No cenário
interno, o crescimento da economia brasileira e o mercado de trabalho estavam resilientes no final
de 2023. O banco central do brasil estimou as expectativas de inflação convergindo para meta e
uma continuação na queda dos juros. Entretanto, a desinflação no Brasil não se consolidou.
Trabalho final de Mestrado