Aluno: Marta Isabel Santos Cunha
Resumo
Considerado o elevado nível de rotatividade em algumas empresas e os custos substanciais que ela acarreta, o principal objetivo deste estudo é entender se o regime laboral experienciado – presencial, híbrido ou remoto – poderia fazer oscilar a intenção de saída da organização, tendo em conta fatores importantes como a envolvimento e a satisfação com o trabalho.
O método utilizado para recolha de dados foi o inquérito por questionário, através do qual foi possível obter um total de 178 respostas.
Com base na análise às respostas do questionário foi possível concluir que, a única hipótese que foi validada admite que colaboradores mais satisfeitos tendem a permanecer na organização sendo, desta forma, a satisfação a principal variável explicativa da intenção de permanecer na empresa. Todas as restantes hipóteses foram refutadas, o que demonstra que, de forma geral, o regime laboral não impacta a intenção de saída da organização e o envolvimento não se constitui como um mediador significativo nesta relação.
O presente estudo não possui evidência estatística de que o regime laboral influencie a intenção de saída, tendo em conta os mediadores satisfação e envolvimento. A única evidência do estudo corresponde ao efeito positivo da satisfação na intenção de saída, isto é, mais satisfação, maior permanência.
Deste modo, a pesquisa sugere que as organizações priorizem a satisfação dos colaboradores, pois contribui para reduzir a rotatividade, melhorando assim o sucesso organizacional.
Em termos de contributo desta dissertação, poderá referir-se o facto da mesma distinguir o teletrabalho do regime híbrido. Para além disso, existem poucas pesquisas que estudem a relação entre os regimes laborais com a intenção de saída, o que poderá ser considerado como uma inovação.
Trabalho final de Mestrado