Apresentação da Obra
Carlos Bastien – ISEG
Nuno Crato – ISEG
Intervenções
João Duque
Guida Lami
João Caraça
Organização
Sociedade Portuguesa de Matemática
ISEG/CEMAPRE
Gradiva
Bento de Jesus Caraça foi um dos maiores nomes da cultura científica portuguesa no século XX. Conhecido como matemático, divulgador, professor e até activista político, esteve, no entanto, durante toda a sua vida profissional numa Escola Superior de Economia e Gestão, antecessora do Instituto que hoje é conhecido pelo mesmo nome (ISEG). No livro Bento de Jesus Caraça – Inéditos de Economia Matemática , o economista Carlos Bastien reune textos de Bento de Jesus Caraça completamente inéditos que permitem desvendar esta sua faceta menos conhecida.
No livro Bento de Jesus Caraça – Inéditos de Economia Matemática, que integra a colecção Temas de Matemática resultante de uma colaboração entre a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) e a Gradiva e cuja publicação contou com o apoio do Centro de Matemática Aplicada à Previsão e Decisão Económica (CEMAPRE), é possível perceber claramente a convergência de interesses sociais e científicos de Bento de Jesus Caraça, uma personalidade que aliava excepcionais qualidades docentes, ao conhecimento profundo da matemática, a uma ímpar capacidade de divulgar ciência e a defesa acérrima da liberdade e do espírito crítico científico.
Na compilação de textos que agora se publica, realizada com base nos manuscritos de Bento de Jesus Caraça que foram descobertos no arquivo do ISEG e na Fundação Mário Soares, temos acesso a textos completamente inéditos – nomeadamente à sua tese de licenciatura, um trabalho de economia neoclássica de 1923. Como refere o organizador do livro, Carlos Bastien, "encontrei uma série de documentos na sua maior parte nunca referidos nos estudos já publicados. Encontrei em boa medida o Caraça que procurava, uma dimensão sem dúvida importante para a reconstituição do seu perfil enquanto homem de cultura e enquanto cidadão."
SOBRE O AUTOR
Bento de Jesus Caraça nasceu em Vila Viçosa em 1901, filho de trabalhadores rurais. A ele se devem várias obras de matemática de elevada qualidade, que modernizaram o ensino desta disciplina. A ele se devem também várias obras de divulgação e de intervenção, nomeadamente os célebres Conceitos Fundamentais de Matemática, e A Cultura Integral do Indivíduo. Foi um dos fundadores do Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas à Economia, em 1938, e da Sociedade Portuguesa de Matemática, em 1940. Foi presidente da SPM no biénio de 1943-1944 e colaborador frequente da sua Gazeta. O governo de Salazar expulsou-o do ensino universitário em 1946. Faleceu em Lisboa em 1948, vítima de doença cardíaca. É uma figura maior da matemática, da cultura científica e da liberdade.
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